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Pesca e Recursos Marinhos

PESCA E RECURSOS MARINHOS
Atividade ancestral, a pesca, esteve sempre presente no quotidiano dos odemirenses, assumindo uma importância extrema no concelho. Muitas famílias continuam a retirar do mar o seu principal sustento e outras encontraram nesta nobre atividade a catapulta para uma vida melhor. 
No final do século XIX encontravam-se na orla costeira da atual Costa Vicentina algumas povoações piscatórias. Todas elas eram pequenas e pouco relevantes no contexto nacional, mas assumiam extrema importância no contexto local e regional, porque eram responsáveis pelo emprego de muitos homens e mulheres que nem sempre conseguiam trabalho no campo, ajudando assim a sustentar a população empobrecida.

Algumas famílias aproveitavam os poucos abrigos naturais que a costa oferecia para, quando o mar permitia, se aventurarem em barcos a remo. Nos dias em que a pesca era boa, o peixe era transportado às costas ou em burros para ser vendido em montes ou nas vilas mais próximas.

Atualmente a comunidade piscatória do concelho de Odemira está concentrada nas localidades de Vila Nova de Milfontes, Almograve, Zambujeira do Mar e Azenha do Mar. Paralelamente, desenvolveram-se circuitos comerciais em torno da atividade que se revelaram de importância vital para o crescimento e subsistência destas populações.
 
PESCA E RECURSOS MARINHOS

A pesca faz-se essencialmente no verão, pois os portos e as próprias embarcações não têm condições de operacionalidade sem bom tempo. Há mercado fácil para o pescado destes portos, sendo até insuficiente, pois o verão é a época da afluência turística, com muitos milhares de veraneantes nas praias da região. 

As espécies aqui capturadas são de grande valor comercial e elevado grau de frescura, pelo que também muito justamente apreciadas, como o sargo e o robalo, congro ou safio, safia, pata-roxa, pampo, abrótea, besugo, búzio ou polvo. Os crustáceos são igualmente apetecíveis, destacando-se as navalheiras e os perceves.

Presentemente exercem atividade nos quatro portos de pesca do concelho cerca de cento e cinquenta pescadores, para uma frota de setenta e cinco embarcações, que se dedica à pesca artesanal e mantém as características das embarcações mais antigas - de pequenas dimensões, boca aberta e casco de madeira.