Passar para o Conteúdo Principal
Hoje
Máx C
Mín C
siga-nos

Agroflorestal

AGROFLORESTAL
Este setor, tal como no do turismo, sofreu transformações drásticas ao longo dos tempos. Até mais de metade, do século XX a paisagem rural do concelho era marcada por uma zona interior baseada na produção de cereais e na criação de bovinos com vocação de trabalho. A zona litoral era marcada por uma agricultura residual tendo em conta os seus solos pobres, maioritariamente arenosos. 
Em algumas décadas a paisagem do concelho sofreu uma alteração profunda assente no elemento água. A barragem de St.ª Clara-a-Velha constituiu-se como o reservatório de água que transformou o litoral num espaço produtivo e tecnologicamente desenvolvido.

A diversidade de produções estruturou-se em torno do perímetro de rega e assenta, fundamentalmente, nas produções hortícolas, florícolas e frutícolas e na pecuária onde as raças bovinas Limousine e Holstein Frísia assumem o grosso da ocupação do solo.
 
AGROFLORESTAL
 
O interior, fruto de uma perda de rentabilidade da agricultura tradicional, conhece um processo de despovoamento que dificilmente conhecerá inversão nos próximos anos. O definhar da produção de cereais deu lugar à reflorestação de grande parte do território. 

Num primeiro momento o eucalipto afirmou-se em grande medida nos espaços orograficamente mais acidentados mas atualmente a rentabilidade dessa floresta começa a ser posta em causa. Num segundo momento o sobreiro, muitas vezes em paralelo com o medronheiro, recuperou os espaços que havia perdido para a campanha dos cereais.

A paisagem atual assenta na dicotomia entre o interior e o litoral, entre uma agricultura altamente desenvolvida tecnologicamente e com uma matriz exportadora e uma agricultura em forte alteração que se baseia na floresta e que caminha rapidamente para um desenvolvimento tecnológico determinante para a sustentabilidade económica de um território que tem no seu património e na diferenciação dos produtos o seu caminho.