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Áreas Protegidas

ÁREAS PROTEGIDAS

Situado no sudoeste de Portugal, o concelho de Odemira evidencia características tão distintas como a planície, a serra, o rio, a barragem, o mar e as praias, sendo esta imensa diversidade o principal atrativo do maior concelho do país, com 1720 km2 de área, sendo 43% da sua área territorial em Rede Natura e Parque Natural. 
Oferece 12 km de praias ao longo dos seus 55 km de costa, os quais estão integrados no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV), um dos mais extensos parques naturais portugueses, que se estende entre de São Torpes e Burgau, no Algarve.

Criado em 1995, após um curto período em que manteve o estatuto de Área de Paisagem Protegida, o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV) abrange a faixa litoral dos concelhos de Sines, Odemira, Aljezur e Vila do Bispo.

A Costa Sudoeste constitui uma das faixas litorais menos afetadas pela intervenção humana e têm características biofísicas e ecológicas únicas no contexto europeu. A natureza diversificada dos fundos da orla costeira, a confluência de três massas de água distintas, Mediterrânea, Atlântica temperada e Tropical e a ocorrência de fenómenos de afloramento de águas profundas, contribuem para a presença de elevados níveis de biodiversidade.

A existência de fundos rochosos abundantes e de vários acidentes geográficos como pequenas ilhas, baías e cabos, sistemas lagunares e o estuário do Rio Mira, proporciona habitats adequados em termos de abrigo, proteção a predadores, alimentação, desova e crescimento de juvenis de muitas espécies marinhas.

Nesta faixa litoral a flora é deslumbrante, destacando-se as espécies endémicas como a Biscutella vicentina e a Armeria royana, sendo também possível encontrar espécies raras ou muito raras, sendo algumas delas únicas no nosso País. Também a fauna nos oferece características únicas nestas paragens, pois ao longo de toda a costa, encontra-se a única população portuguesa de lontra (Lutra lutra) que utiliza o meio marinho para se alimentar de peixes e crustáceos litorais.

Nas falésias rochosas é possível encontrar várias espécies que aí nidificam, como o falcão-peregrino e a cegonha branca (Ciconia ciconia) que nidifica na zona em arribas marítimas - característica única de utilização deste tipo de habitat.

Nestas zonas são também frequentes espécies faunísticas mediterrânicas, destacando-se, o javali, raposas, ginetos, texugos e os saca-rabos.

Para além da zona costeira, que inclui praias magníficas como as de Vila Nova de Milfontes, Almograve, Carvalhal e Zambujeira do Mar, bem anichadas nas falésias, o interior do concelho apresenta igualmente paisagens e valores bem interessantes: o Rio Mira, que rasga vales e montes no seu percurso até ao mar, a Barragem de Santa Clara a Velha, uma das maiores albufeiras do País que proporciona abrigo e alimento a espécies piscícolas como o achigã e o pimpão, ou a própria Serra de S. Luís e os campos e o montado, tão característicos da paisagem alentejana.

A sul, nas serras que envolvem esta área litoral destaca-se o medronheiro, cujo fruto é muito apreciado e valorizado no fabrico de aguardentes, constituindo a sua destila uma importante fonte de receita local.

Por aqui também as áreas integradas em Rede Natura 2000 têm uma forte expressão.

Para além destas o concelho possui ainda vastas áreas integradas em Reserva Ecológica Nacional (REN). Estas têm origem no Decreto-Lei n.° 321/83, de 5 de julho, que criou a REN com a finalidade de possibilitar a exploração dos recursos e a utilização do território com salvaguarda de determinadas funções e potencialidades, de que dependem o equilíbrio ecológico e a estrutura biofísica das regiões bem como a permanência de muitos dos seus valores económicos, sociais e culturas. A REN abrange zonas costeiras e ribeirinhas, águas interiores, áreas de infiltração máxima e zonas declivosas, representando cerca de 11% do território municipal.