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Odemira recebeu o 7.º Encontro de Cidades e Vilas Resilientes

O 7º encontro nacional das Cidades e Vilas Resilientes decorreu em Odemira, nos dias dias 12 e 13 de janeiro, mobilizando cerca de 120 técnicos e responsáveis das entidades públicas que gerem os territórios no âmbito da segurança e proteção civil e das adaptações às alterações climáticas, bem como investigadores do meio académico. A sessão de abertura contou com a presença da Secretária de Estado da Proteção Cvil, Patrícia Gaspar, e do Presidente da Câmara Municipal de Odemira, Hélder Guerreiro.

A Secretária de Estado da Proteção Cvil enalteceu a importância da Rede das Cidades e Vilas Resilientes e da importância dos investimentos que muitos municípios têm feito na Proteção Civil, frisando que “se havia dúvidas, os últimos tempos provaram que as cidades devem estar preparadas”, explicando que “nos fenómenos climatéricos extremos a principal linha de impacto são os territórios e as autarquias, os Serviços Municipais de Proteção Civil e os Bombeiros são a resposta operacional”. Patrícia Gaspar sublinhou que os atuais riscos são muito vastos: além das inundações, sismos e incêndios, “há os cenários das migrações, da segurança e da ocupação dos espaços e as alterações climáticas”, que “exigem um trabalho integrado”, na prevenção, “ao nível dos diferentes ciclos da Proteção Civil e não só no fim da linha”, defendendo “é no patamar Local que vamos conseguir fazer a diferença”.

O Presidente da Câmara Municipal de Odemira, Hélder Guerreiro, defendeu que Odemira, pela diversidade e crescimento demográfico, precisa “de um olhar diferente” para dar resposta “às necessidades dos serviços públicos de interesse geral, seja na Segurança Social, Finanças, Emprego, Educação, Saúde e Segurança”. O autarca destacou que em Odemira se conjugam os riscos associados à grande mancha florestal, à costa, ao rio e à questão demográfica, pelo que “precisa de ser um território resiliente” e de se “olhar para o território como um todo”. Quanto às alterações climáticas, o autarca partilhou a preocupação com os investimentos dos Municípios na prevenção e reposição das infra-estruturas face a fenómenos extremos, sublinhando que o Governo tem que ter uma boa relação com as autarquias nesta matéria, uma vez que “ a natureza não fica à espera”.

Ao longo dos dois dias foram debatidos temas como as Cidades Resilientes, a Plataforma Nacional Para a Redução do Risco de Catástrofes, a atualidade e impactos futuros das Alterações Climáticas, o novo paradigma do modelo de gestão do risco de incêndio em caso de Incêndios Extremos, o papel da Safe Communities em matérias de Proteção Civil e Segurança em Portugal, o desafio de acumulação de serviços entre Serviço Municipal de Proteção Civil e Policia Municipal, a implementação e dinâmica da Central Integrada de Operações, a implementação da Plataforma Local para a Redução do Risco de Catástrofes, o Sistemas de Aviso de Alerta de Tsunamis, gestão da inclusividade em contexto de emergência, o planeamento e preparação das Zonas de Concentração de Apoio à População ou as Unidades/Bairros Locais de Proteção Civil.

O Município de Odemira foi reconhecido pela ONU como “Cidade Resiliente” em dezembro de 2021, juntando-se aos mais de 40 Municípios que integram esta rede.

A rede de Cidades e Vilas Resilientes é orientada para a redução local do risco de catástrofes e para a resiliência das cidades. Em 2010, a Organização das Nações Unidas lançou uma campanha com o objectivo de promover um levantamento prévio de riscos naturais, tecnológicos e mistos, de planeamento de vários cenários possíveis e a realização de um trabalho de sensibilização e prevenção junto das comunidades, para que quando o acidente grave e/ou catástrofe acontecer, todos saibam o papel a desempenhar, e desta forma o seu impacto seja menor e a recuperação mais célere.

13 Janeiro 2023